00:17 Terça-feira, 18 de Dezembro de 2018
Quando nos entregamos por completo a uma pessoa pensamos sempre que a partir daí só vamos nutrir coisas boas. Que irá ser para sempre, que iremos construir a família que sempre idealizamos, que iremos ter tudo o que não temos agora.
Aceitamos os defeitos um do outro e aprendemos a viver com eles. Engolimos sapos muitas vezes porque amamos. Perdoamos porque amamos. Fazemos coisas que nunca pensámos fazer porque amamos.
Até ao dia em que esse esforço todo se desvanece. E tudo cai.
Muitas vezes pensamos que nos entregámos à pessoa certa e depois, ao fim de algum tempo, percebemos que afinal não era assim tão certa. Mas aí, a bola de neve já está enorme.
E já é tarde demais. Já há alguém a sofrer por essa falta de esforço.
E porque são precisos dois para remar um barco... eu desisto.
Menos uma página para escrever daqui em diante.
Daqui em diante
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
sábado, 2 de junho de 2018
Respirar
23:40 Sábado, 02 de Junho de 2018
Este ano está a ser, mais um, mau.
Desde operações que me deixam de coração nas mãos a notícias que me dão a volta aos pensamentos. Ando a correr por ser, como dizem, << demasiado benevolente >> e talvez seja verdade. Não consigo dizer um <<não>> a nada nem a ninguém e isso está cada vez mais a acabar comigo.
Penso que todos me vão ajudar um dia que precise mas muitas das vezes (para não dizer todas), isso não acontece. E este dia foi sem dúvida a prova disso. Mas, a família devia ser o nosso primeiro apoio, certo?
Não tenho tempo nem vontade para respirar.
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Este ano está a ser, mais um, mau.
Desde operações que me deixam de coração nas mãos a notícias que me dão a volta aos pensamentos. Ando a correr por ser, como dizem, << demasiado benevolente >> e talvez seja verdade. Não consigo dizer um <<não>> a nada nem a ninguém e isso está cada vez mais a acabar comigo.
Penso que todos me vão ajudar um dia que precise mas muitas das vezes (para não dizer todas), isso não acontece. E este dia foi sem dúvida a prova disso. Mas, a família devia ser o nosso primeiro apoio, certo?
Não tenho tempo nem vontade para respirar.
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quarta-feira, 2 de maio de 2018
Três
13:11 Quarta-Feira, 02 de Maio de 2018
E são Três.
Tentei ao máximo não escrever este post. Mas é-me impossível. Preciso de libertar esta mágoa.
Por volta desta hora eu sabia, já chorava, já berrava e já implorava para que não fosse verdade.
Gritava a toda a gente, desligava o telefone a todos, apenas chorava e esperava receber um telefonema de quem realmente eu queria. Mas não recebi. Apenas recebi a dizer << É mesmo verdade >>, e aí tive de cair mesmo em mim.
Caíu-me tudo. Caíu-me a fome, o sono, a minha aparência, as minhas forças. Tudo.
Como se diz '' No hospital e na cadeia só te visita quem te ama '' e esses, andaram comigo ao colo quando mais precisei.
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E são Três.
Tentei ao máximo não escrever este post. Mas é-me impossível. Preciso de libertar esta mágoa.
Por volta desta hora eu sabia, já chorava, já berrava e já implorava para que não fosse verdade.
Gritava a toda a gente, desligava o telefone a todos, apenas chorava e esperava receber um telefonema de quem realmente eu queria. Mas não recebi. Apenas recebi a dizer << É mesmo verdade >>, e aí tive de cair mesmo em mim.
Caíu-me tudo. Caíu-me a fome, o sono, a minha aparência, as minhas forças. Tudo.
Como se diz '' No hospital e na cadeia só te visita quem te ama '' e esses, andaram comigo ao colo quando mais precisei.
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segunda-feira, 23 de abril de 2018
Chefe
16:03 Segunda-Feira, 23 de Abril de 2018
Numa noite de acampamento, estavámos a fazer um jogo de postos e houve um que me tocou particularmente.
Era uma chefe (uma chefe que me ficou na memória), estava sentada no meio de arbustos e ramagens. Ela chamou-nos e pediu-nos que nos sentássemos de modo a formar uma roda. De seguida ela leu-nos uma passagem de BP. Depois disso, pediu-nos que, do nosso lenço, retirássemos a coisa mais importante para nós e lhe déssemos.
Devo parecer egoísta, mas não queria dar a coisa mais importante do meu lenço. Mas lá teve de ser.
Retirei a minha fita preta do lenço e dei-lhe e ela perguntou << porque é que esta fita é a coisa mais importante do teu lenço? >> e eu respondi << porque perdi, perdi e não quero aceitar, porque estou de luto >>. Com isto, as minhas lágrimas começaram a florescer. Ela fixou o seu olhar nos meus olhos. E interrogou-me << Davas-me mesmo esta fita? >> e eu respondi-lhe << Dava, apesar de me custar, dava >>. Antes de partir para outro posto ela devolveu-me a fita e perfurou-me com o seu olhar e disse-me << Nunca aceitaria esta parte de ti, é tua >>.
Até hoje, não esqueci esse momento.
Devo parecer egoísta, mas não queria dar a coisa mais importante do meu lenço. Mas lá teve de ser.
Retirei a minha fita preta do lenço e dei-lhe e ela perguntou << porque é que esta fita é a coisa mais importante do teu lenço? >> e eu respondi << porque perdi, perdi e não quero aceitar, porque estou de luto >>. Com isto, as minhas lágrimas começaram a florescer. Ela fixou o seu olhar nos meus olhos. E interrogou-me << Davas-me mesmo esta fita? >> e eu respondi-lhe << Dava, apesar de me custar, dava >>. Antes de partir para outro posto ela devolveu-me a fita e perfurou-me com o seu olhar e disse-me << Nunca aceitaria esta parte de ti, é tua >>.
Até hoje, não esqueci esse momento.
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segunda-feira, 16 de abril de 2018
Sabedoria
10:15 Segunda-Feira, 16 de Abril de 2018
Todos temos a sabedoria de fazer asneiras, de aprender com os erros e ensinar os outros a serem tal e qual nós (ou melhores).
As crianças, uma folha solta num dia de vento, prontas para voarem pelo mundo fora. São aquelas que têm a sabedoria de sugar tudo à sua volta e assim guiar o rumo da sua folha. São aquelas que têm a sabedoria de se esconder nos mais ínfimos esconderijos sem nunca deixar que a sua folha seja vista.
Os jovens, uma mochila cheia de emoções. São aqueles que têm a sabedoria de sentirem as coisas a triplicar. São aqueles que quando se apaixonam, deixam a sua mochila aberta, pronta para ser explorada pelo mundo.
Os velhos, um mapa de conhecimento. São aqueles que têm a sabedoria cheia de vivências de uma vida que já foi uma folha solta a voar pelo mundo. São aqueles que têm um corpo à prova de bala de emoções e sofrimentos. São aqueles que mais nos querem bem. São a sabedoria em pessoa.
Um dia também nós, os jovens, seremos um mapa de conhecimento.
As crianças, uma folha solta num dia de vento, prontas para voarem pelo mundo fora. São aquelas que têm a sabedoria de sugar tudo à sua volta e assim guiar o rumo da sua folha. São aquelas que têm a sabedoria de se esconder nos mais ínfimos esconderijos sem nunca deixar que a sua folha seja vista.
Os jovens, uma mochila cheia de emoções. São aqueles que têm a sabedoria de sentirem as coisas a triplicar. São aqueles que quando se apaixonam, deixam a sua mochila aberta, pronta para ser explorada pelo mundo.
Os velhos, um mapa de conhecimento. São aqueles que têm a sabedoria cheia de vivências de uma vida que já foi uma folha solta a voar pelo mundo. São aqueles que têm um corpo à prova de bala de emoções e sofrimentos. São aqueles que mais nos querem bem. São a sabedoria em pessoa.
Um dia também nós, os jovens, seremos um mapa de conhecimento.
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segunda-feira, 8 de maio de 2017
Patins
22:56 Segunda-Feira, 08 de Maio de 2017
Sinto-me triste.
Sinto-me triste como por exemplo, quando andas de patins pela primeira vez e vês que tens um grupo de amigos a olharem para ti. Até que cais. E eles riem-se e nenhum te ajuda a levantar. Isso, vezes e vezes sem conta.
E tu, cada vez que cais, fazes uma ferida. E essas feridas que nunca curaram ( porque continuaste sempre a cair ) , eram constantemente reabertas porque nenhum deles te ajudou.
E agora, que estás em ferida, vês que os mesmos amigos que te viram a cair são aqueles que hoje te mandam álcool para cima para piorares cada vez mais.
Sinto-me triste como por exemplo, quando andas de patins pela primeira vez e vês que tens um grupo de amigos a olharem para ti. Até que cais. E eles riem-se e nenhum te ajuda a levantar. Isso, vezes e vezes sem conta.
E tu, cada vez que cais, fazes uma ferida. E essas feridas que nunca curaram ( porque continuaste sempre a cair ) , eram constantemente reabertas porque nenhum deles te ajudou.
E agora, que estás em ferida, vês que os mesmos amigos que te viram a cair são aqueles que hoje te mandam álcool para cima para piorares cada vez mais.
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terça-feira, 2 de maio de 2017
Dois
17:43 Terça-Feira, 02 de Maio de 2017
Deixei o meu diário apanhar pó.
Porque foram meses cansativos. Porque foram problemas atrás de problemas. Porque estou rodeada de pessoas que não me querem bem. Porque são dois anos. Porque é um dia cinzento. Porque o sol da minha vida se foi.
Porque não sei como voltar aos dias de sol.
Porque foram meses cansativos. Porque foram problemas atrás de problemas. Porque estou rodeada de pessoas que não me querem bem. Porque são dois anos. Porque é um dia cinzento. Porque o sol da minha vida se foi.
Porque não sei como voltar aos dias de sol.
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